terça-feira, 10 de dezembro de 2013

TABAJARA

FUNAI fará estudos em 2014
e pode reconhecer mais 

dois núcleos indígenas

Cacique José Guilherme, da Associação Itacoatiara de Remanescentes 
Indígenas do Piauí, sediada em Piripiri, ao lado de estudantes
 

Apesar de ter a presença do índio marcante em sua cultura, oficialmente o Piauí possui apenas um aglomerado indígena Tabajara no município de Piripiri, cidade que já possui um posto da Fundação Nacional do Índio. A FUNAI pretende realizar um levantamento no ano que vem em vários municípios do Piauí, para mapear e traçar o real perfil, além dos rituais ainda praticados pelos índios no Estado. 

Segundo Romeu Tavares, chefe da Coordenação Técnica Local da FUNAI de Piripiri, há ainda uma solicitação para o reconhecimento de dois outros grupos: um da etnia Cariri, em Queimada Nova; e outro dos Codó Cabeludo, em Pedro II, o que pode ocorrer em 2014. 

“Participamos de uma reunião em Fortaleza e foi proposto um diagnóstico regional das comunidades e grupos indígenas ainda não atendidos pela FUNAI no Piauí. A proposta é, em articulação com a UFPI, Fundac, IBGE, DNOCS e INCRA, mapearmos esses grupos indígenas”, declarou. 

Entre as cidades a serem pesquisadas estão Campo Maior, Parnaíba, Pedro II, Jerumenha e Queimada Nova. “Vamos nos basear nos dados do IBGE e nos trabalhos encaminhados pela UFPI”, informa Romeu. 

Piauí
Segundo o cientista social e mestrando em antropologia Kleb Leite, que realizou uma pesquisa com os índios em Piripiri, ainda há um preconceito contra os indígenas, e isso dificulta que eles se apresentem como índios na sociedade.  “O Piauí é apresentado pela ausência do indígena, mas isso acontece porque historicamente houve a ausência de ajuda para estes povos que, em muitos casos, acabaram se integrando à sociedade — que ainda está carregada de preconceito e de imagem negativa”, pontua. 


(texto: Carlos Lustosa Filho)

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