quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O LEGADO DE BUDDHA


  • POSTADO POR: Patrícia Cândido

O Legado de Buddha: O Príncipe Iluminado
O Príncipe Sidarta Gautama era uma pessoa normal, como qualquer um de nós. Levava sua vida no palácio onde nascera, tranquilamente, desfrutando de uma vida abastada e cheia de conforto. Foi educado dentro das tradições hindus, pois seu pai, o rei de Shakya pertencia à casta dos Kshatryas, os guerreiros da religião hindu.
Quando o menino nasceu, por cerca do ano 558 aC, seu pai percebeu que ele era especial e os sábios do reino também. Sidarta trazia uma série de características que somente os iluminados trazem e uma delas são as orelhas com lóbulos avantajados, um forte sinal de iluminação no Oriente.
O menino foi crescendo e seu pai tentando esconder-lhe as verdades da vida: a doença, a pobreza, a velhice, o sofrimento e a morte.  Mas algo dentro dele, como uma bússola interior que todos nós temos, indicava que algo estava errado nesse caminho, que o mundo fora dos muros do palácio era diferente; e um dia Buddha se empenhou em desvendar os mistérios desse novo mundo.
Um dia o jovem rapaz sai do palácio com um de seus servos e vê um homem muito velho. Então ele questiona, perguntando ao servo o que havia acontecido com o homem. Quando o serviçal lhe respondeu que todos nós ficaríamos assim um dia, o nobre príncipe assustou-se e seu coração ficou profundamente triste.
Essa situação repetiu-se quando ele viu uma pessoa doente com lepra, quando ele viu um funeral e um mendigo. Todas essas situações mexeram profundamente com Buddha, que decidiu trilhar o caminho para descobrir a verdade.
Seu questionamento principal era: - Porque existe o sofrimento? Porque o ser humano precisa sofrer?
Nessa época Buddha era já casado com a Princesa Isodara, então esperou seu filho nascer, despediu-se e foi buscar seu caminho para entender porque  a humanidade sofre. Primeiramente juntou-se a um grupo de ascetas (renunciantes) que abandonaram completamente qualquer tipo de conforto, fazendo voto extremo de pobreza. O Príncipe que sempre esteve cercado de luxo no palácio, agora experimentava o outro extremo, pois acreditava que a verdade estava ali, no voto de pobreza.
Certa vez quando o grupo de renunciantes caminhava na floresta, Buddha aceitou de uma moça que estava passando uma tigela de arroz, pois já não comia há muito tempo e sentia-se fraco. O grupo revoltou-se contra ele, dizendo que ele estava errado em aceitar o presente e o abandonaram. Então Buddha viu-se sozinho em sua busca, e naquele mesmo dia compreendeu um dos maiores ensinamentos do budismo: o Caminho do Meio. Percebeu que a verdade não estava nem no ascetismo e nem na riqueza, mas no ponto de equilíbrio entre as duas coisas. Nesse momento de “insight” Ele compreendeu as leis naturais de ação e reação, de causa e efeito e do princípio da polaridade, que diz que tudo é dual, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto, semelhante e dessemelhante são a mesma coisa.
Nesse momento Buddha escolheu uma linda figueira, ficou em posição de lótus e fez o juramento de que mesmo que ele definhasse, jamais sairia dali antes de compreender a Verdade. Sua disposição e propósito eram tão firmes, que naquela mesma noite ele se iluminou.
Naquele instante Buddha percebeu que tudo o que ocorre ao homem, se dá através do Samsara, a roda de existências cíclicas ao qual o homem está preso por séculos por não conseguir purificar suas inferioridades.
Após a iluminação, Buddha se deu conta das nobres verdades que nos afetam existência após existência:
1)      O sofrimento existe;
2)      Sua origem é o desejo;
3)      Sem desejo não há sofrimento;
4)      Pode-se chegar a iluminá-lo através da Senda Óctupla.
A senda Óctupla abrange oito verdades espirituais:
1)      Ação correta;
2)      Vida correta;
3)      Esforço correto;
4)      Mente correta;
5)      Concentração correta;
6)      Intenção correta;
7)      Visão correta;
8)      Palavra Correta.
Seguindo suas próprias palavras, o Iluminado foi até o Parque das Gazelas e proferiu o Sermão de Benares, um ensinamento que tem para o budismo a mesma importância que tem o Sermão da Montanha para os Cristãos.
Foi nesse instante que surgiu a primeira ordem budista na Terra, que segundo o escritor Adilson Marques, possui a missão de “colocar o ser humano em contato com as energias mais puras do universo. Os espíritos ligados ao budismo nos trazem o conforto das energias mais purificadoras.”
O Budismo não é somente uma reiligião, mas uma filosofia de vida, um estilo pacífico, purificador e libertador, centrado na compaixão e no desenvolvimento do espírito em sua tradução mais literal. No budismo des-envolver-se significa deixar de se envolver no emaranhado cármico ao qual estamos presos há milênios. No budismo as escrituras estão empenhadas em mostrar ao caminhante um rumo de luz e amor que pode nos libertar da roda de renascimentos, para que possamos viver aqui na Terra com qualidade e renascer em reinos superiores.
Buddha nos deixa um legado de amor, compaixão e força centrados na mansidão, no pacifismo e no equilíbrio das emoções, pensamentos e sentimentos, o que é poderoso e libertador para qualquer ser humano. Buddha nos inspira a buscarmos a nossa própria iluminação quando nos mostra que, o que em vida ele conseguiu, qualquer um de nós também pode conseguir, desde que da nossa parte haja empenho e dedicação ao Verdadeiro Caminho.
FONTE: luzdaserra.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário