quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O ESPELHO REVELA A SOMBRA




O Espelho revela a sombra.

O Ego (o eu inferior, ou sombra, falso eu, a ilusão do “eu”, pequeno eu, eu inconsciente, eu cristalizado) do passado kármico deseja desesperadamente negar ou evitar a responsabilidade.

Quais são as fantasias mais destrutivas do você teme, que você fala sem parar no assunto, que repete sempre, e você já definiu que vai acontecer, a mais de 10 anos e vem acontecendo?

Comece com uma lista de “melhor do que” e imagine como seria o extremo oposto. Ou, então, pense em alguma fantasia de desastre que passou várias vezes pela sua mente ao longo dos anos. Coloque-a no papel, descrevendo em detalhes.

Visualize-a. Mergulhe nela. Sinta o medo, pois você percebe que o Ego realmente quer que isso aconteça! Quais seriam as suas “vantagens” se isso acontecesse? (Não se preocupe com a possibilidade de a visualização da cena fazê-la materializar-se. É a repressão desses temores que lhes confere poder.)

Resolva agora se você quer ou não rumar para esse “futuro provável”. Se não quiser, faça uma grande cruz em vermelho sobre as notas que você escreveu. Rasgue o papel em pedacinhos, jogue no vaso sanitário e acione a descarga.

O Ego, então, tem toda uma série de crenças negativas, tendências e programas ocultos que limitam ou mesmo arruínam a nossa vida, além de  bloquear nossas tentativas de programar o que desejamos.

 Ele glorifica o esforço violento, a autopiedade, a vaidade, a hipocrisia, o auto-sacrifício, a punição das outras pessoas, a evitação e a negação da responsabilidade, a desonestidade e a manipulação.

Ele tem medo da intimidade, da felicidade e de sentir gratidão. Ele enche a nossa vida de banalidades e faz-nos sentir culpados e apegar-nos ao passado.

Cada um de nós tem suas próprias tendências ocultas, velhos e dourados costumes aos quais retomamos seguidamente, como:

“Quando em dúvida, sinta pena de si mesmo.” Quais das tendências, jogos e programas ocultos apresentados acima parecem desagradavelmente familiares para você? Quais o fazem curvar-se servilmente ou agitar-se no seu assento? Quais o fazem pensar: “Não, esse/a não pode ser eu. Será possível...?” Se você for honesto consigo mesmo, saberá a resposta.

Além do Ego
Relaxe profundamente e imagine-se caminhando por uma linda floresta. Sinta seus pés no chão. Veja a luz do sol sarapintando as árvores. Ouça o canto dos pássaros e o crepitar de ramos sob os seus pés. Toque um tronco caído ou os musgos a seus pés. Sinta o cheiro do ar úmido e envolvente da floresta. Siga pelo caminho que penetra na floresta.

De repente, alguma coisa surge por detrás de uma árvore. É uma de suas tendências ou bloqueios. (Talvez autopiedade, a sensação de ser especial, uma crença na escassez ou um sentimento de culpa.) Veja a forma que ela assume — quem sabe um animal, uma criatura mítica, uma personagem de ficção, uma versão mais jovem de si mesmo ou de alguém que você conhece. Disponha-se a vê-la claramente.

Como a pessoa ou criatura está bloqueando o seu caminho, você deve avançar e falar com ela. Presuma que ela vem tentando ajudá-lo de alguma maneira equivocada. Pergunte o que ela está tentando fazer por você, para que lhe seja possível entendê-la e perdoá-la.

 Assegure-lhe que você agora tem outras maneiras de lidar com a vida ou novas crenças, e que agora ela pode ajudá-lo de outras maneiras. Dê-lhe uma nova visão do seu futuro e peça-lhe que se junte a você.

Em seguida, disponha-se a fundir-se com esse seu aspecto. (Repita isso quantas vezes desejar, com outros bloqueios interiores.)

Depois disso, ande alegremente pelo caminho, com passadas largas, até chegar a uma queda d’água nas profundezas da floresta. Deixe-a lavar os últimos traços de suas antigas tendências ou crenças negativas. Então, tranquilamente , volte para o quarto.

Quem é essa pessoa que sempre caminha ao seu lado?
Quando conto, somos somente eu e você,
Mas quando olho para a estrada branca
Sempre há alguém caminhando ao seu lado,
Envolto numa capa marrom, encapuzado,
Não sei se homem ou mulher.
— Mas quem é esse outro que está ao seu lado?
(T. S. Eliot)

Quando nos tornamos conscientes de seus truques, o Ego tenta fazer-nos perder a pista, projetando aspectos de si mesmo sobre o mundo exterior. Conforme Laz jocosamente se expressou, o Ego não é muito esperto, mas é mais esperto do que nós!

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